sábado, fevereiro 04, 2006

Sexo fraco

Estamos em guerra. De sexos. Há dias, uma amiga perguntava-me porque nós (homens) somos tão mentirosos, mostrando-nos interessados por alguém e depois descartando-a por outra. Mesmo ao telefone, eu encolhi os ombros. Isso parece-me uma análise deturpada. As mulheres sabem o poder que têm sobre nós. E usam-no. Sabem que, no fundo, somos todos uns papalvos que não resistem a um olhar meigo. Ou a uma mulher inteligente. Ou a uma mulher com sentido de humor. Têm a faca e o queijo na mão. Uma mulher passa, normalmente, uma quantidade de tempo muito mais substancial que um homem a valorizar o seu aspecto. Umas envergam pinturas de guerra para sublinhar os seus traços mais interessantes. Outras sabem-se irrestíveis pelo seu ar natural e adolescente. Outras sabem-se capaz de ter a punchline certa para cada momento. E aplicam esse saber para quê? Para nos manipular. Para obter de nós aquilo que pretendem. Para nos reduzir ao estado imbecil. Para nos terem pelo beicinho. Para lhes carregarmos os pesos. Para lhes trocarmos os pneus furados. Para nos arrancarem o coração e colocarem-no junto aos outros na sua estante de troféus de caça.

E nós no meio disto? Todos os dias olhares, sorrisos, piadas provocadoras, teasing... claro que carregamos pesos, trocamos pneus, ficamos imbecis, pelo beicinho, entregamos corações de mão beijada. Somos o sexo fraco. A nossa única única liberdade é longe delas.

P.S. Que tal isto para ressabiamento, Daniela?