sábado, junho 03, 2006

Manifesto

Milhares de milhões de exemplos da mesma história.
A paixão ilude-nos, é absoluta, canibal, cancerígena. Tudo tem um fim e a paixão e o amor têm um prazo de validade. Nos iogurtes, esta é concreta, mensurável, explícita. Mas o que não é explícito não é por isso menos real.

Esta é a era do sorriso cínico dirigido aos votos nupciais, do ultra-realismo na análise das relações alheias. Sartre e Yourcenar e tantos outros souberam sugerir-nos novos paradigmas de felicidade. Mas o espectro da conveniência social, dos receios de saúde pública e, sobretudo, do espírito opressor da culpa radicada numa educação de raízes podres judaico-cristãs, impõem-se com o peso de uma bigorna sobre a felicidade individual.

Reinvente-se o amor... este está falhado, falido, esgotado.